Empregabilidade e
trabalhabilidade

A professora da Especialização da FDC, Clara Linhares, destaca a diferença entre os dois conceitos e apresenta as tendências do tema

Para muitos, o termo empregabilidade não soa mais como uma novidade. O dinamismo dos ciclos da economia mundial sempre vão provocar transformações no mercado e nas profissões. De acordo com a professora do Programa de Especialização da FDC, na ênfase em Gestão de Pessoas, Clara Lúcia Sacchetto Linhares, as previsões apontam para o encurtamento da vida útil de muitas profissões em 2020, cuja média de duração deverá ser entre 12 e 14 anos. “Algumas carreiras ganharão novos desenhos conforme a movimentação e o cenário de mercado”, explica. A prova disso é o surgimento de um novo conceito que se diferencia do de empregabilidade e já é uma tendência: a trabalhabilidade.

Segundo Clara, empregabilidade diz da capacidade de se manter empregado. Em alguns casos, a empresa assume junto ao funcionário a oportunidade de crescimento, desenvolvimento, formação e capacitação profissional. “Dentro da empregabilidade, o foco é manter-se no emprego”, explica.

“Já na trabalhabilidade, o profissional assume a gestão da sua carreira. O foco não é o emprego e sim de ser capaz de ser absorvido por um trabalho, buscar seu aprimoramento e ser responsável pela sua formação e capacitação”, esclarece a professora. Nesse caso, o profissional possui competência para gerar postos de trabalho, a sua própria renda, geralmente não tem uma única atividade e conta com uma grande rede de contatos e relacionamentos (network).

Na opinião de Clara, essa nova tendência tem se revelado uma saída para quem está entre 41 e 65 anos. Geralmente, profissionais mais jovens necessitam de mais maturidade profissional e pessoal antes de assumir as rédeas da própria carreira. “Mas, isso não é uma regra. Temos visto muitos exemplos de jovens que aplicam bem o conceito de trabalhabilidade”, comenta.