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Em 2010, recuperação foi a palavra chave das corporações brasileiras com investimentos no exterior. Vindas da crise econômica que abalou o país, a capacidade delas de se reerguerem se transformou em mérito. Com a retomada da economia, ao longo do ano, essas empresas se sentiram seguras para pensar em novas operações de aquisição e abertura de filiais no exterior. Assim, gradualmente, assistiram o alavancar do fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil.
Conforme a atuação das empresas nacionais no exterior, o Núcleo de Negócios Internacionais da FDC organizou um ranking que classifica as transnacionais brasileiras a partir do grau de internacionalização delas em 2010. Esse índice é baseado na proporção de ativos, receitas e funcionários totais em relação ao exterior. “A FDC é responsável pela realização completa do ranking desde 2006. Cuidamos de todo o planejamento da pesquisa, coleta e análise dos dados”, explica Lívia Barakat, professora que integra a equipe responsável pelo ranking.
Nesta 6ª edição do Ranking das Transnacionais Brasileiras, o destaque foi para a JBS – Friboi, do setor alimentício. Ela foi considerada a empresa com maior índice de internacionalização, seguida da Stefanini IT Solutions e da Gerdau. Segundo Lívia Barakat, “o ranking monitora a atuação das empresas brasileiras no exterior, além de aspectos específicos da presença internacional delas”.
De forma geral, as 20 empresas mais transnacionalizadas aumentaram os ativos e funcionários no exterior, o que foi seguido por um crescimento das receitas. Observou-se também uma maior eficiência operacional, contribuindo para elevar as margens de lucro no exterior. Essa é a certeza de que a retomada dos investimentos foi feita com habilidade e eficácia.
Uma das metas futuras é traçar um caminho para que as operações bem-sucedidas em terras brasileiras também o sejam fora do país. O ranking fomenta a discussão sobre a “expansão consciente”, já que os investimentos diretos no exterior vêm sendo realizados de forma criteriosa, com planejamento e análise dos impactos financeiros, sociais e ambientais. O que se vê aqui é a maturidade das empresas brasileiras e a tentativa de conquistar e manter seu espaço internacional.
Para que as ações sejam bem-sucedidas e alcancem a internacionalização, as empresas tendem a direcionar o foco para a diversificação dos negócios. Dessa forma, a tão almejada expansão acontece com tranquilidade, tanto na velocidade quanto no volume de investimentos.
Não menos importante, observa-se que as empresas têm levado as políticas de gestão de stakeholders e práticas de sustentabilidade das operações nacionais delas para o exterior, buscando, além do crescimento sustentado, o desenvolvimento sustentável dos países em que se encontram.